terça-feira, 14 de junho de 2011

Escola Pública e Escola Privada

Abaixo segue um resumo da matéria publicada no Portal IG, na seção notícias Último Segundo, no tema Educação. No final da reportagem você encontrará o link da matéria completa.

"Separados por 170 milhões de metros cúbicos de água da segunda maior represa da cidade de São Paulo, o colégio Humboldt e a Escola Estadual Paulo Octavio de Souza parecem pertencer a mundos diferentes. A particular é bilíngue (alemão-português), fica no Jardim Ipanema, bairro de classe média próximo à Represa do Guarapiranga, na zona sul da cidade, em uma área arborizada de 60 mil metros quadrados, com teatro, ginásio de esportes e mensalidades de R$ 1,7 mil. A menos de sete quilômetros dali, do outro lado da represa, no alto de um morro e vizinha a uma favela, está a escola estadual, na Capela do Socorro, em uma área de cerca de 20 mil metros quadrados, com uma quadra descoberta e um ponto do Acessa São Paulo – central de internet gratuita –, bastante usado pelos moradores.

Elas têm algo 100% em comum: a professora de Língua Portuguesa Anaídes Maria da Silva, de 40 anos. O que ela faz em uma escola, diz que faz na outra também – ainda que por menos de um terço do salário.
Anaídes dá aula para três turmas da 2ª série do ensino médio e três do último ano desta etapa, tanto na particular quanto na pública. Por 25 aulas semanais, recebe cerca de R$ 1.500 na escola estadual. Por uma aula a menos na particular, ganha três vezes mais. Há coisas que o dinheiro não compra e também não explica. “Eu amo o Estado, porque amo o aluno do Estado”, diz.

Disputa pela atenção
Dos dois lados da Represa, o desafio de Alaídes é igual: prender a atenção dos adolescentes e trabalhar a leitura e a escrita. A geração que já nasceu acostumada com a internet se dispersa por qualquer motivo: o barulho da chuva que cai mais forte de uma hora pra outra, um aluno que levanta para pegar um livro no armário, a palavra “toalete” que a professora pronúncia com um “lh” a mais (“toalhete”).
Já a dinâmica da aula muda um pouco. Na escola estadual, os alunos têm mais dificuldade com compreensão de texto e redação. Anaídes conta que trabalhou a mesma redação com um aluno por mais de um mês. A proposta era comparar a paixão pela língua portuguesa, a partir do documentário “Vidas em português”, que mostra cenas em diferentes países lusófonos. “A primeira versão estava ininteligível, mas tinha uma frase maravilhosa ali. Mostrei para o aluno e ele ficou envaidecido em perceber que tinha escrito algo genial. Ele refez oito vezes, até a redação inteira ficar maravilhosa.”

Exceção
Anaídes não é regra. É exceção. Nas escolas particulares de elite de São Paulo, é difícil encontrar professores que se dividam em escolas públicas diante da diferença brutal de salário. “Todo professor deveria trabalhar pelo menos um período da carreira na rede pública. A gente aprende muito”, diz."
CONTINUA...

Você encontra a reportagem completa de Marina Morena Costa clicando aqui.

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